

Antíoco III, o Grande, procura a sua aliança e ofereceu-lhe uma de suas filhas em casamento, mas Eumenes II preferiu manter-se aliado dos romanos, e quando a guerra eclodiu entre Roma e Antíoco (Guerra sírio-romana, 192-188 a.C.), Eumenes enviou sua frota de apoio aos romanos e facilitou a passagem deles pelo Helesponto. Na batalha decisiva de Magnésia do Sípilo (190 a.C.), ele comandou pessoalmente as tropas pergamenas que lutaram ao lado dos romanos e parece que fez um bom serviço na luta.
Em 189 funda uma cidade na Lídia e a chama de Philadelpheia, Filadélfia ("amor fraternal"), em homegagem a seu irmão Átalo. Mencionada com grande distinção na Bíblia ( Apocalipse 3.7-13, Filadélfia hoje é Alaşehir na Turquia.
Na Paz de Apamea ( 188 a.C.) entre Roma e Antíoco, Eumenes II recebe grandes territórios na Mísia, Lídia, Frígia e Licaônia, incluindo as cidades de Éfeso, Telmesso, Trales e Lisimáquia bem como o Quersoneso trácio tornando-se governador de um poderoso e estratégico reino. Nessa altura Eumenes casou-se com uma filha de Ariarates IV, rei da Capadócia, Estratonice, e consegue para seu sogro condições favoráveis para a Capadócia ser aliada de Roma. A Capadócia era antes aliada de Antíoco III. Abaixo, o Reino de Pérgamo depois da Paz de Apamea (188 a.C.)

Em 183 Eumenes guerreia contra o rei Prusias I da Bitínia; embora Eumenes sofra derrotas, o suporte romano dá-lhe a vitória no fim do conflito. Nesse ano alia-se às cidades de Creta. Em 182, pela sua aliança matrimonial, Eumenes foi envolvido em uma guerra contra o rei do Ponto, Farnaces I, que tinha invadido a Capadócia; houve enfrentamentos e repetidos envios de embaixadas de ambos à Roma. Na primavera de 181 a. C., sem esperar a volta de seu embaixador, Fárnaces atacou a Eumenes II e a Ariarates IV da Capadócia; invadiu a Galácia com uma numerosa força. Eumenes também se pôs a frente de seu exército, porém as hostilidades foram suspensas quando da chegada dos emissários do Senado Romano, dispostos a investigar as causas da disputa. Fizeram-se negociações em Pérgamo e Fárnaces teve que abandonar suas pretensões expansionistas.
Em todo o seu reinado foi um fiel aliado de Roma, aonde ele foi muitas vezes para tratar de assuntos diplomáticos e onde mostra-se hostil ao reino da Macedônia, tanto a Filipe V e ao seu filho e sucessor Perseu. Quando de sua visita a Roma em 172 a.C. foi recebido com grande distinção. Nessa visita, informa ao Senado sobre os supostos planos de Perseu para ganhar influência na Grécia. Em seu retorno a Pérgamo ele visitou Delfos sendo atacado perto de Cirrha, num complô promovido por Perseu. Embora escape, chega em Pérgamo a notícia de sua morte: seu irmão Átalo II assume o trono e casa-se com a viúva Estratonice. Mas quando Eumenes chega recupera pacificamente seu reino e esposa. Abaixo, o Asclepeion de Pérgamo, santuário dedicado ao deus grego da medicina Asclépio. Ele foi instituído em Pérgamo por Eumenes II, mas suas ruínas modernas remontam a época romana.

Quando eclodiu a terceira guerra entre Macedônia e Roma (171 – 168), a falta de êxitos de Pérgamo na guerra suscita a desconfiança de Roma. Eumenes era suspeito de manter correspondência em secreto com Perseu, uma postura não totalmente improcedente segundo o historiador romano Políbio; talvez Eumenes visasse um tratado de paz menos duro para os macedônios por uma grande quantidade de dinheiro. Após a vitória dos romanos (168 a.C.) seu irmão Átalo foi enviado a Roma para felicitar a vitória romana, mas esta visita não foi bem acolhida pelo Senado e Átalo foi reenviado para casa. Eumenes alarmado decidiu ir pessoalmente a Roma, mas o Senado proibiu a viagem tão logo chegou a Brundúsio e ordenou-lhe que deixasse imediatamente Itália. Durante vários anos, Roma o viu com suspeitas.
Em 166 Eumenes derrota os gálatas, mas os romanos o forçam a deixá-los autônomos. A vitória sobre os gálatas e outras conquistas de Pérgamo foram comemoradas no Altar de Pérgamo. Pérgamo desejava cultivar sua imagem dentro da supremacia cultural e política perdidas por Atenas no mundo helênico. Tinha vários projetos, inclusive o patrocínio de monumentos na acrópole de Atenas. Abaixo, a Stoa (pórtico) de Eumenes em Atenas.


Em 160 a.C. seu irmão Átalo foi enviado novamente a Roma, onde foi recebido com honras tendo em vista Átalo ser o provável sucessor de Eumenes como aliado de Roma.
Em 159 a.C. esteve novamente em guerra com Prusias II da Bitínia e com os gauleses da Galácia, mas conseguiu evitar uma ruptura com Roma e com o irmão Átalo. Morre no mesmo 159 a.C., embora a sua morte não seja mencionada por nenhum escritor clássico, após um reinado de 39 anos, e foi sucedido por seu irmão Átalo II Filadelfo, já que seu filho Átalo, era ainda uma criança.
Abaixo, representação gráfica da antiga acrópole de Pérgamo.

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